quinta-feira, 25 de agosto de 2016

De quem eu nunca fui

Toda vez que alguém começa me envolver demais, eu corro. Já é o terceiro caso que isso ocorre e eu só consigo acreditar que seja por medo de perder minha liberdade. 
Talvez a pessoa nem esteja afim de deixar o lance mais sério mas o simples fato dela dar a entender que me quer ver mais do que 2x na semana, já me deixa atordoada. O querer dela em me convidar pra ir jantar ou fazer um programa diferente, indo ao shopping, me dá vontade de me esconder no lugar mais longe possível.
Eu me afasto de qualquer possibilidade de emoção e procuro sempre me aconchegar na minha caixinha da frieza. E sigo firme, daqui ninguém me tira. Não tão cedo.
Por algumas vezes eu até tento entregar o melhor de mim à pessoa mas, involuntariamente, sem que eu tenha percebido, já to desligada emocionalmente e a pessoa vem me dar um toque:
- Ei, tu mudastes, eu fiz algo?
Minha vontade é de gritar bem alto de que o problema é comigo mesma, que eu que me afasto sem notar e quando percebo, estou voando à km de distância, pensando no que vou fazer na noite do dia seguinte. Eu que fiz algo. Eu que não quis algo, a mais. Eu que não me entrego por medo ou por simplesmente, não querer, não estar disposta.
Eu quero ser minha, quero ser dele e quero ser do mundo. Depois de ter sentido o gosto de ser livre, há algo que não me deixa mais me prender. E eu fujo. E fujo mesmo, corro sem olhar pra trás e deixando lá no fim, pessoas que me fariam bem. E que de fato, me fazem.
Não gosto de acreditar na ideia de ser algo de alguém. Eu quero pertencer a mim mesma. Sem preocupações e sem receios. Quero descobertas todos os dias e novidades o tempo inteiro.
Me frusto em pensar em ser alguém de alguém. Eu quero ser alguém do mundo!
Eu quero ser alguém pro mundo. Eu quero ser de alguém que eu nunca tinha sido antes: MINHA. /a.v

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