terça-feira, 9 de agosto de 2016

Até nunca mais

Hoje me questionei do porquê que sempre tocam no teu nome eu permaneço em silêncio. No máximo, troco 3 palavras sobre e me calo. Eu sempre tive tanto o que falar em ti e agora nada me resta a não ser o não ter nada a dizer.

Me silencio e no grito do silêncio percebo que te deixei pra trás. Ficou pra lá, junto com todas as minhas palavras e minha vontade de falar sobre. Ficou de lado o que eu sempre fiz questão de deixar na frete. 
Não preciso mais grifar na minha memória as nossas lembranças nem te sublinhar na minha história. Passou. Passei a borracha em cima dos meus ressentimentos e consegui superar o que eu acreditava ser a melodia mais bonita da minha vida. E sim, ela era o som da tua risada.
Comecei a gostar do barulho alto das minhas gargalhadas e da leveza que trago no meu andar. Comecei a dar valor às minhas vontades e deixar existir coisas que me faziam não pensar mais em ti.
Percebi que outras pessoas também podem ser donas das minhas manias e que não existe ninguém mais importante do que eu mesma pra minha real felicidade.
O vento que te trouxe foi o mesmo que te levou de volta e esse sempre foi o meu medo. Hoje, é o meu maior agradecimento. Vivi!
Vivi e sigo vivendo e não tendo mais dúvida de que tudo que eu precisava era me atirar pra vida, com tudo. Sem medo, sem algemas e sem receio de me perder. Me perdi por aí e aqui me encontrei. Me encontrei em mim e (in)felizmente esse lugar é extremamente longe de nós dois. Fui embora de verdade e o barulho gritante do meu silêncio só confirma mais isso.
Até nunca mais.
a.v

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