E ele sempre foi aquele meu refúgio de dor. Aquele que eu dizia que amava e que era o amor da minha vida. Que a distância impedia a nossa felicidade mas que não afastava o meu sentimento. Aquele que eu pensava quando eu queria sofrer e mandava mensagem de madrugada depois de alguns copos de vodka. Aquele que eu insistia em dizer que amava e sempre pensava em como seria uma vida nossa. Que dizia coisas que eu nunca tinha escutado e sempre me deixava sem chão quando por um acaso nos cruzávamos nas ruas da minha cidade. Eu tinha certeza que era ele. Não existia nada igual. Não era normal aquela corrente elétrica que ele causava em mim, nem como era possível que todos os momentos estivessem perfeitamente intactos no fundo da minha memória. Era como se sempre tivesse sido ele e não existisse um capaz de fazer com que aquele desaparecesse. Estranho e muito intrigante. O amor quanto mais impossível, mais dura. E aquela tatuagem gravada na alma me faz ter mais certeza de que ainda dá tempo de sermos nós. E eu aguardo, aguardo o tempo que for. Aguardo sem pressa. Aguardo ansiosa. Aguardo vivendo. Até que o dia de tua chegada na minha vida seja pra ficar mais que um verão! A.v
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