quarta-feira, 25 de julho de 2012


To sentindo saudade de ter saudade de você. Saudade daquelas coisas todas que aconteciam dentro de mim quando pensava na gente. Como você deixou com que tudo isso passasse? Era tão bom por mais que me machucasse. Agora eu to assim... mais calada, mais fechada, mais calculista e muito mais fria. E adivinha? Continuo sofrendo. Eu achei que já tinha conhecido todas as dores possíveis com você. Mas não, to vendo e conhecendo outas não tão passíveis. Porém com outro alguém. Alguém que me deixa mais perdida do que de fato eu era com a gente. Que me faz chorar mesmo estando perto - logo eu que pensava que meu choro era só de saudade.- Que desestabiliza todas as minhas estruturas e os meus horários. Que quando a falta está se acostumando com a ausência, volta. Agora eu percebi que passa mais rápido 6 meses, do que 1 dias pra ver alguém. Que é melhor não ter contato, do que ter e saber que é inútil. Que a presença não significa muita coisa quando não é preenchida. É tão estranho saber que as suas marcas estão cada vez menores aqui dentro. Que essa distância toda ta cada dia me sufocando menos. Cada dia eu percebo o quanto a ausência desmancha emoções. E também que aproxima novas possibilidades. O que eu queria tanto, hoje já não faz muita diferença. O aconchego das lembranças me parece mais acolhedor. Junto com nossos restos vou traçando outros caminhos, outros roteiros, conhecendo novas dores e novos aprendizados. Tendo a certeza de que não existe fim quando se trata de recomeços. a.v

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