quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Idênticos

Me vejo ouvindo Clarice Falcão e pensando em como a gente podia ser feliz se não fossemos tão iguais. Sim, idênticos em praticamente todos os aspectos e dimensões. O nosso caso só confirma que os iguais se repelem e tenho que admitir que não te suporto. Não te suporto porque te amo, porque te preciso, porque te quero sempre por perto e porque me aconcheguei nas tuas distrações. Não te aguento porque eu não aguento ficar sem você. E me prendo ao que a gente não tem mais e não vivo e não vou embora e não deixo você me deixar. E isso me maltrata, me destrói e mesmo assim não consigo dizer um tchau com firmeza. Me faço de desapega, despreocupa, destemida e desinteressada, e as vezes até acredito. Acredito até você chegar, como quem não quer nada e me dar um susto de realidade. É, eu realmente te amo. Não, na verdade de odeio Por que não me deixa? Volta e meia vem me assombrando com teus olhos claros e tuas palavras delicadas que tanto me amolecem. Eu não quero mais isso, mas também não quero ter que viver sem a tua presença. Não me vejo sem  teus reencontros previsíveis e teus problemas desagradáveis. Eu preciso das tuas constantes imprevisões mas preciso mais ainda de ti. Preciso da tua atenção, do teu carinho, do teu sossego, do teu abraço e do teu encontro. Quero ter a certeza que não existe mais nada importante que nós para você. Porque se for para continuar assim, eu prefiro ter a certeza de que realmente não sou nada e ir ao encontro da vida lá fora que tanto me fascina. Tenho que admitir... não há nada mais atraente que a liberdade, mas eu to aqui, suplicando pela última vez por um pouco de atenção.\ av


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