sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Escutei uma frase hoje na aula de literatura, no meu cursinho pré vestibular que me intrigou um pouco.
 “Nós não sabemos o que queremos; mas sabemos o que não queremos” - Mario de Andrade - escritor brasileiro
E me encaixei perfeitamente nela. Eu não sei o que quero, mas sei muito bem o que não quero. Já idealizei a minha vida ao contrário do padrão. Com todas as coisas que por algum motivo não quero que faça parte da minha história. Excluí qualquer possibilidade de imperfeições ou defeitinhos, por mínimos que sejam e que possam atrapalhar meus grandes planos que ainda desconheço. Quero que as coisas que eu ainda não sei o que são, apareçam com os menores imprevistos possíveis. Não que eu não goste de surpresas, eu adoro, desde que sejam elas agradáveis. Não gosto de muita coisa fora do lugar a não ser meus pensamentos. É que nessa minha bagunça completamente desorganizada de saber o que não quero e não saber ao certo o que quero, que o quão deslocada e ao mesmo tempo acostumada com essa desorganização estou. Criei regras e metas que serão seguidas à risca para encontrar e jogar tudo pra longe o que não faz parte dos meus planos. Ainda não esquecendo de que eu não sei quais são eles. 
Nem eu sei mais o que to falando, e essa confusão é tão minha que só eu me entendo. Se é que você me entende. Sou completamente desordenada por tantas ordens que já me impus e desprotegida por meio dessa estrutura mal terminada que me encontro. E sinto que só estarei completamente feita, com as instalações e renvendicações concluídas quando eu encontrar o que realmente quero e deixar pra lá esse medo bobo que sempre me atormenta das coisas não saírem como eu quero ou como eu tinha planejado. Tendo cada dia mais certeza de que a minha estrutura é proporcional a minhas metas: instáveis. / a.v


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